Facebook encerra parcerias com provedores de dados de terceiros.

Após inúmeros escândalos envolvendo o Facebook, Cambridge Analytica, eleições presidenciais nos Estados Unidos e vazamento de dados, o mundo das mídias sociais está de olho em qual será o próximo passo da maior rede social do mundo. Como medida interpretada como cautelosa, o Facebook não irá mais usar parcerias com empresas terceiras que forneçam dados – muitas vezes importantíssimos para a segmentação – como a faixa de renda e comportamentos offline (a compra de uma casa ou um produto de uma determinada marca).

O Facebook vai encerrar parcerias com provedores de dados de terceiros, inclusive com o Serasa Experian, que possibilita segmentações baseadas em faixas de renda individual, por exemplo.

Como funciona a parceria com provedores de dados?
Vamos pegar o caso do Serasa Experian. O Serasa não é apenas uma empresa de crédito. Em 2007, o Serasa foi comprado por um grupo de Marketing chamada Experian, detendo uma enorme base de dados em parceria com muitos dos maiores e-commerces do mundo. Ou seja, informações de poder de compra são muito relevantes. O Facebook, por sua vez, detém uma gigantesca base de dados baseada em comportamento. Essas parcerias são simplesmente cruzamento de informações de duas ou mais bases de dados sendo realizadas através dos apps do facebook (já falamos disso aqui algumas vezes). O que resulta em diversas outras formas de segmentação para anúncios no Facebook e Instagram.

Um outro exemplo clássico é a fusão dos dados do Facebook com grandes empresas do ramo varejista que utilizam a estratégia do cartão de fidelidade ou o cartão de desconto.

Resumindo, uma marca de creme dental não poderá mais usar dados de terceiros para enviar anúncios a pessoas que são freqüentes compradores de supermercado. Mas eles ainda poderão usar dados desses terceiros para rastrear se os anúncios no Facebook resultaram em pessoas comprando seus produtos nas lojas.

É improvável que esse movimento faça a receita do Facebook cair durante a noite. Mas isso poderia frustrar muitos grandes anunciantes, muitos dos quais estão lutando com a eficácia da publicidade no Facebook.

Em quanto tempo essa medida terá efeito?
Em nota, o diretor de marketing do Facebook, Graham Mudd, informou que dentre os próximos 6 meses.

O que fazer agora? 
Adapte-se. Ainda temos muitas opções de segmentação. O Facebook continua sendo a mídia com maior poder de segmentação do mundo e a que possui mais pessoas usando.

Se você tinha/tem muitos resultados com essa opção de segmentação, vai ser cada vez mais necessário pensar dentro e fora da caixinha, criar testes A/B bem estruturados, de segmentações, otimizações, criativos (fotos, vídeos, textos), fazer melhores análises.

*As informações são do Business Insider (conteúdo em inglês).

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