O Mercado Livre surpreendeu seus usuários nessa terça-feira com uma mensagem enviada por email, conclamando uma aliança contra o aumento do serviço de frete dos Correios no Brasil.
No manifesto, a empresa alerta sobre riscos para pequenos e médios comerciantes eletrônicos e inicia a campanha #FreteAbusivoNão contra reajuste que pode chegar a até 51% no valor das entregas realizadas pelos Correios.
De acordo com o Mercado Livre, o aumento excessivo não faz sentido em um cenário de inflação anual oficial de somente 3% e as novas tarifas podem acarretar em queda de vendas através da plataforma, subida de preços em mercadorias com a opção de frete gratuito e outros impactos para seus usuários. A carta aberta lembra também o fim do e-Sedex e convida usuários a mostrarem sua indignação nas redes sociais.
Confira a íntegra da mensagem enviada por e-mail:
No próximo dia 6, os Correios vão fazer uma entrega que ninguém quer receber. Vão entregar um aumento abusivo que pode chegar a até 51% no frete dos produtos a todos que compram e vendem pela internet.
Mas se a inflação do último ano foi em torno de 3%, como pode o aumento da taxa de entrega chegar a ser até dezessete vezes maior? Para dar uma ideia do abuso, este aumento fará o frete brasileiro ser 42% mais caro do que o da Argentina, 160% mais caro do que o México e 282% mais caro do que o da Colômbia (países em que também operamos).
Ao escolher repassar os custos da sua ineficiência operacional, os Correios causam um retrocesso na forma de comércio que mais cresce no mundo. Um retrocesso que impacta diretamente os pequenos e médios empreendedores, importante fonte geradora de empregos no Brasil. Só no Mercado Livre mais de 110 mil famílias têm as vendas no marketplace como sua principal fonte de renda. Além disso, essa medida vai prejudicar os mais de 50 milhões de consumidores que compram online no Brasil – principalmente aqueles que vivem em áreas distantes dos grandes centros. Para eles, o comércio eletrônico é muito mais do que uma comodidade. É uma necessidade.
Se o número de pessoas atingidas é grande, nosso barulho também deve ser. Venha com a gente e utilize a hashtag #FreteAbusivoNão em suas redes sociais. Espalhe no Facebook, Twitter, Whatsapp. Conte aos seus familiares e amigos. Apenas mostrando nossa insatisfação podemos pressionar os Correios a voltar atrás neste aumento abusivo.
Afinal, um comércio livre na internet só pode acontecer se o frete for justo.
Mercado Livre
Fonte da Notícia: Código Fonte